Hepatite C

Vírus C

A hepatite C é uma doença viral do fígado causada pelo vírus da hepatite C (HCV). A hepatite C exige cuidados, devido à inexistência de vacina e limitações do tratamento, e à sua alta tendência para a cronicidade que complica eventualmente em cirrose hepática.

Transmissão:

Até ao início da década de 1990, muitas pessoas eram contaminavam por transfusão sanguínea (80-90%), mas a partir da década de 1990 foram incorporados teste para detecção de HCV (anti-HCV), a rotina dos Hemocentros. Hoje em dia a legislação vigente para os Hemocentros preconiza testes que são obrigatórios, antes de toda e qualquer transfusão sanguínea. Esses testes permitem resultados fidedignos que nos garantem transfusões 100% seguras. Mas pode também ocorrer de forma vertical (4%) ou de outras formas (troca de agulhas infectadas, piercings e tatuagens em estabelecimentos que não esterilizam cuidadosamente todos os materiais). Há relatos recentes que mostram a presença do vírus em outras secreções (leite, saliva, urina e esperma), mas a quantidade do vírus parece ser pequena demais para causar infecção e não há dados que sugiram transmissão por essas vias. Os grupos de maior risco incluem usuários de drogas endovenosas, pacientes em hemodiálise e trabalhadores da área de saúde.

Sintomas:

Após infecção, o vírus praticamente só se multiplica no fígado. Há vários tipos de progressão.

  1. Em 15% dos casos há hepatite aguda, com icterícia (pele e olhos amarelos), febre, dores abdominais, mal estar, diarreia e fadiga. Segue-se após alguns meses a resolução e cura completa. Os sintomas são devidos à destruição eficiente e rápida pelo sistema imunitário dos hepatócitos infectados e é essa acção que permite a cura.
  2. Em 85% dos casos, incluindo quase todas as crianças, a hepatite inicial pode ser assintomática ou leve. O sistema imunitário não responde eficazmente ao vírus, e o resultado é cronicidade em 80% dos casos. Destes, 40% progridem rapidamente para cirrose e morte; 25% progridem lentamente com cirrose e morte ao fim de 10 anos; e outros 35% após 20 anos. O cancro do fígado surge em mais 5% após 30 anos. Os restantes tornam-se portadores a longo prazo, infecciosos.

Prevenção:

A incidência de hepatite C pôde ser reduzida pelo rastreamento adequado de doadores de sangue nas últimas décadas. Hoje, apenas 5% dos novos casos são adquiridos dessa forma. Hoje, a melhor forma de prevenção reside no combate ao uso de drogas endovenosas. Há evidências de que o tratamento da hepatite C reduz o risco de surgimento do hepatocarcinoma.

~ por fehtorres em novembro 24, 2009.

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